Chega de mentiras

Chega de mentiras

08 de março, 2020

A revista Leite Intregal traz em seu site uma matéria interessante intitulada “Chega de mentiras”. Nela, a Médica Veterinária Helena Fagundes Karsburg mostra um pouco da realidade sobre a produção de leite no Brasil.

Confiram o texto na íntegra abaixo.

A pecuária é a maior responsável pela redução da fome e desnutrição no mundo. Por isto, é muito importante que sejamos conscientes ao nos depararmos com campanhas como “segunda sem carne” e outras que pregam a redução do consumo de leite, ovos e outras fontes de proteína de origem animal. Talvez exista, por trás delas, algum interesse mercadológico, baseado na ganância dessas indústrias em estimular o consumo de produtos superindustrializados, que afetarão, além do planeta, a sua saúde.

Os números da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA apontam que a pecuária é responsável por apenas 3,9% das emissões de gases do efeito estufa, índice muito abaixo da faixa de 18% a 51% relatada por ativistas. Enquanto isso, as indústrias, geração de energia e transportes somam quase 80% do total.

No Brasil, a Embrapa tem estudado, há anos, o “balanço de carbono” e os dados mostram que, na pecuária, há mais captura do que liberação dos gases do efeito estufa. No entanto, no relatório da ONU, conhecido por IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), essa variável não é analisada, o que penaliza a pecuária.

Mais de 350 cientistas de 27 unidades da Embrapa, cerca de 50 instituições parceiras nacionais e oito internacionais, dedicam-se a estudar a dinâmica de gases de efeito estufa na pecuária em cada um dos biomas brasileiros − Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. O Projeto PECUS avalia a dinâmica de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o balanço de Carbono (C) em sistemas de produção agropecuários. A Rede de Pesquisa Pecus já obteve resultados importantes e que estão disponíveis no site da Embrapa.

Os pesquisadores concluíram que a atividade pecuária emite menos GEEs do que foi estimado pelo IPCC, especialmente em relação ao gás óxido nitroso. Além disso, os dados mostram que os sistemas com animais têm se tornado, ao longo dos anos, cada vez mais sustentáveis ambientalmente e são capazes até de retirar carbono da atmosfera se manejados com técnicas sustentáveis. Portanto, pegada de carbono positiva!

Temos assistido, nos últimos dias, ao posicionamento de algumas empresas, nacionais e multinacionais, recomendando a redução do consumo de proteínas de origem animal, como possível forma de “proteger o planeta”. Mas, o que pode parecer louvável para alguns, esconde verdades incômodas

A pecuária é a maior responsável pela redução da fome e desnutrição no mundo. Por isso, é fundamental que sejamos conscientes ao nos depararmos com campanhas como “segunda sem carne” e outras que tenham como base a redução do consumo de leite, ovos e outras fontes de proteína de origem animal. Talvez exista, por trás delas, algum interesse mercadológico, baseado na ganância dessas indústrias em estimular o consumo de produtos superindustrializados, que afetarão, além do planeta, a sua saúde.

Os números da Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA apontam que a pecuária é responsável por apenas 3,9% das emissões de gases do efeito estufa, índice muito abaixo da faixa de 18% a 51% relatada por ativistas. Enquanto isso, as indústrias, geração de energia e transportes somam quase 80% do total. 

No Brasil, a Embrapa tem estudado, há anos, o “balanço de carbono” e os dados mostram que, na pecuária, há mais captura do que liberação dos gases do efeito estufa. No entanto, no relatório da ONU, conhecido por IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), essa variável não é analisada, o que penaliza a pecuária.

Mais de 350 cientistas de 27 unidades da Embrapa, cerca de 50 instituições parceiras nacionais e oito internacionais, dedicam-se a estudar a dinâmica de gases de efeito estufa na pecuária em cada um dos biomas brasileiros − Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. O Projeto PECUS avalia a dinâmica de Gases de Efeito Estufa (GEE) e o balanço de Carbono (C) em sistemas de produção agropecuários. A Rede de Pesquisa Pecus já obteve resultados importantes e que estão disponíveis no site da Embrapa.

Os pesquisadores concluíram que a atividade pecuária emite menos GEEs do que foi estimado pelo IPCC, especialmente em relação ao gás óxido nitroso. Além disso, os dados mostram que os sistemas com animais têm se tornado, ao longo dos anos, cada vez mais sustentáveis ambientalmente e são capazes até de retirar carbono da atmosfera se manejados com técnicas sustentáveis. Portanto, pegada de carbono positiva!

A pecuária leiteira tem um papel muito importante no contexto socioeconômico. De acordo com a International Dairy Federation (IDF):

  • para cada 100 litros de leite produzidos localmente são gerados até cinco empregos;
  • a produção pecuária global representa 40% do valor do rendimento agrícola mundial;
  • globalmente, cerca de 150 milhões de propriedades familiares estão envolvidas na produção leiteira;
  • aproximadamente 1 bilhão de pessoas tiram o seu sustento do setor de lácteos;
  • com cerca de 1 bilhão de pessoas vivendo em fazendas leiteiras, a atividade desempenha um papel importante na economia de várias comunidades, regiões e países em todo o mundo.

Sem contar que o leite é um dos alimentos mais ricos em nutrientes, contendo cálcio, proteínas e minerais, entre outros componentes nutricionais relevantes.

O leite e os produtos lácteos são alimentos saudáveis. Por serem naturalmente ricos em nutrientes, atuam como fonte de cálcio, proteínas e outros componentes essenciais da alimentação, como fósforo, potássio, magnésio e vitaminas A, B12 e ribofl avina. Como uma das maiores indústrias agrícolas do mundo, o setor lácteo não só contribui para as economias locais, regionais e nacionais, como também desempenha um papel fundamental na sustentabilidade das comunidades rurais, tanto nos países em desenvolvimento como nos desenvolvidos.

A produção leiteira é uma parte essencial do sistema alimentar global, proporcionando benefícios nutricionais, econômicos e sociais a uma grande parcela da população mundial. A adoção de práticas sustentáveis no manejo do rebanho e das pastagens reduz a emissão de GEEs e aumenta o carbono “sequestrado”. Tendo em vista que o balanço de carbono na produção de leite é positivo no Brasil, pode-se considerar que a atividade pecuária é prestadora de serviço ambiental para o planeta.

Por tudo isso, não podemos ser levianos e rasos nas recomendações de simplesmente retirar da dieta estes alimentos. Proteger e preservar nosso planeta é fundamental, dever de todos nós e deve estar na estratégia de cada empresa. Porém, não podemos esquecer que “falsas” soluções geram desequilíbrio e não devem ser definidas isoladamente, uma vez que causam sérios prejuízos às cadeias produtivas.

 

Fonte: Revista Leite Integral

Disponível em: http://www.revistaleiteintegral.com.br/noticia/chega-de-mentiras

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