Agricultor familiar utiliza o sol para produzir energia em sua propriedade

Agricultor familiar utiliza o sol para produzir energia em sua propriedade

Depois de colher resultados muito positivos com a implantação de um biodigestor em sua propriedade rural, no município de Ganhães (MG), Ailton Moreira Dias decidiu encarar um outro desafio. Usando a luz solar – um recurso natural abundante em todo o Brasil – o produtor vai alcançar a autossuficiência energética na propriedade de 18 hectares, no Vale do Rio Doce.

A análise de viabilidade técnica e econômica do projeto ficou por conta de dois técnicos da Emater-MG. Júlio César Merlim Gomes e José da Paz Andrade Câmara – coordenadores regionais da entidade – concluíram que a instalação de uma microusina para a geração de energia fotovoltaica seria o modelo mais adequado para o produtor.

“A microusina fotovoltaica permite a utilização da fonte de energia renovável mais abundante, que é o sol, e está disponível e acessível a todos. A utilização dessa fonte renovável garante distribuição de riqueza e qualidade de vida tanto na zona rural quanto urbana”, explica Merlim.

A conta de energia elétrica – usada para a ordenhadeira e o tanque resfriador, entre outros equipamentos da propriedade – chegava a R$ 400 por mês. O investimento na microusina com 16 painéis fotovoltaicos foi de cerca de R$ 20 mil. Com capacidade para gerar mais de 6 mil quilowatts/hora, quantidade superior ao consumo atual do produtor, a estimativa é de que o sistema se pagará em cinco anos.

Dedicada à criação de gado de leite, a propriedade visa sempre a sustentabilidade. O biodigestor garante a produção de biogás, a partir do processamento dos dejetos sólidos do rebanho. O combustível é suficiente para as atividades da família de cinco pessoas, como o aquecimento da água do chuveiro e do fogão da cozinha.

O produtor Aílton Moreira Dias ficou animado também com os resultados do aproveitamento dos resíduos da pecuária leiteira para a fertilização do canavial, pelo método da fertirrigação. “O líquido que saía da limpeza da sala de ordenha antes eram jogados em um córrego aqui perto. Com a ajuda da Emater, construímos a esterqueira”, afirma ele.

Assim, os dejetos da sala de ordenha, depois de estabilizados na esterqueira, transformam-se em fertilizante para a produção de cana-de-açúcar, que é utilizada para alimentar o gado nos períodos de seca.

O biodigestor e a microusina de energia solar proporcionam uma economia anual de quase 6 mil reais, além de reduzir o impacto ambiental da pecuária. A sustentabilidade energética da propriedade tem atraído o interesse de outros produtores da região, que participam de demonstrações e visitas técnicas promovidas pela equipe da Emater–MG.

 

Fonte: Revista Rural

Foto: Emater/MG

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