O governo chinês habilita 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de lácteos

O governo chinês habilita 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de lácteos

30 de julho, 2019

A ministra da agricultura, Tereza Cristina, afirmou que os embarques de produtos lácteos brasileiros para a China devem começar agora em agosto. Na semana passada, o governo chinês habilitou 24 estabelecimentos brasileiros para exportação de lácteos, tais como: leite em pó, queijos, manteiga e leite condensado.

De acordo com a ministra, para iniciar as vendas, é preciso que o órgão chinês responsável pela vigilância sanitária (GACC) aprove uma lista de veterinários, que deve ser concluída na próxima semana. “Nós precisamos só credenciar veterinários, pois você precisa de uma lista de veterinários e da assinatura deles para os embarques”, explicou Tereza Cristina, em entrevista ao programa Bom Dia MS.

Já em 2007 havia um acordo com o país asiático para essa certificação, mas nenhuma planta brasileira estava habilitada a exportar. Os chineses são os maiores importadores do mundo de lácteos. Somente de leite em pó, o país compra 800 mil toneladas por ano, 200 mil toneladas a mais em comparação à produção do Brasil.

A ministra destacou que os chineses apreciam lácteos de outros países e a abertura de mercado será uma oportunidade de recuperação do setor no Brasil, que enfrenta queda de até R$ 0,30 no preço do litro de leite, e também a concorrência com os produtos da Argentina e do Uruguai, os quais entram no mercado brasileiro sem cobrança de tarifas.

“Imagino que, em agosto, já poderemos iniciar os embarques de produtos lácteos para a China. Isso vai ser muito bom para o mercado interno, que está vivendo uma crise enorme de preços baixos para o produtor”, afirmou. “Nós temos um primeiro momento de preparo, de aceitação do nosso produto na China, mas acho que temos uma janela de oportunidade enorme”, acrescentou.

Com a abertura do mercado chinês, a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios) estima exportar US$ 4,5 milhões em produtos. Em 2018, os chineses importaram, por exemplo, 108 mil toneladas em queijos, com um crescimento médio anual de 13% nos últimos cinco anos. O setor lácteo brasileiro exportou, no ano passado, para mais de 50 destinos. 

 

Lista dos estabelecimentos habilitados, conforme informações são do General Administration of Customs (China):

1) Laticínios São João – São João do Oeste (SC) – queijo e manteiga;

2) Itambé Alimentos – Goiânia (GO) – leite em pó e manteiga;

3) Cooperativa Central Gaúcha – Cruz Alta (RS) – leite em pó e creme de leite;

4) Nutrifont Alimentos – Três de Maio (RS) – whey protein, soro de leite em pó e outros;

5) Itambé Alimentos – Sete Lagoas (MG) – leite em pó;

6) Celles Cordeiro Alimentos – Macuco (RJ) – leite em pó;

7) Itambé Alimentos – Uberlândia (MG) – leite em pó;

8) Laticínios Tirolez – Lins (SP) – queijo;

9) Aurea Indústria e Comércio – Braço do Norte (SC) – leite condensado;

10) Polenghi Indústrias Alimentícias – Angatuba (SP) – queijo e outros;

11) Mococa Produtos Alimentícios – Mococa (SP) – leite condensado e creme de leite;

12) Laticínios Bela Vista – Bela Vista de Goiás (GO) – leite em pó;

13) Alibra Ingredientes – Marechal Cândido Rondon (PR) – leite em pó, soro de leite em pó e outros;

14) Sooro Concentrado Indústria de Produtos Lácteos – Mal Cândido Rondon (PR) – soro de leite em pó e whey protein;

15) Frimesa Cooperativa Central – Marechal Cândido Rondon (PR) – leite condensado e queijo;

16) Laticínios J.L. – Orizona (GO) – queijos;

17) Laticínios Tirolez – Tiros (MG) – queijo;

18) Laticínios Tirolez – Arapuá (MG) – manteiga;

19) Lactalis do Brasil – Ijuí (RS) – leite em pó, fórmula infantil, soro de leite em pó, queijos e outros;

20) Lactalis do Brasil – Teutônia (RS) – manteiga, leite em pó, fórmula infantil e outros;

21) Cooperativa Consulati – Capão do Leão (RS) – leite em pó;

22) Cooperativa dos Suinocultores de Encantado – Arroio do Meio (RS) – leite em pó;

23) Itambé Alimentos – Guanhães (MG) – leite em pó e manteiga;

24) Schreiber Foods do Brasil – Rio Azul (PR) – queijos e outros;

 

Fonte: MAPA

  • Como a vaca Jersey evoluiu para se tornar um fenômeno global

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Como a vaca Jersey evoluiu para se tornar um fenômeno global

  • Últimas vacas Jersey classificadas EX-96 e EX-97 nos Estados Unidos

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Últimas vacas Jersey classificadas EX-96 e EX-97 nos Estados Unidos

  • Raça Jersey quebra a barreira das 1.000 libras de gordura nos EUA

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Raça Jersey quebra a barreira das 1.000 libras de gordura nos EUA

COMPARTILHAR

CONTEÚDOS ESPECIAIS

Proluv
Top