Inseminação Artificial: conhecer a anatomia reprodutiva das vacas é o primeiro passo

Inseminação Artificial: conhecer a anatomia reprodutiva das vacas é o primeiro passo

06 de outubro, 2021

O uso de técnicas de reprodução animal  como a Inseminação Artificial, por exemplo – demanda diversos conhecimentos por parte do produtor de leite. O entendimento da anatomia e da fisiologia reprodutiva das vacas é imprescindível, pois permite ao pecuarista observar as estruturas presentes no trato reprodutor bovino e a funcionalidade de tais estruturas. 

E, para melhor aproveitamento dos resultados da Inseminação Artificial, é fundamental que se compreendam também os eventos presentes no ciclo estral e como estes influem no comportamento da fêmea. 

Aparelho genital da fêmea bovina

O aparelho reprodutor das vacas é composto pelos ovarios, oviductos, útero, cérvix, vagina, vestíbulo e vulva. Os ovários representam órgãos de relevância pois, além de pares, estão envolvidos na endocrinologia reprodutiva e na gametogênese, com a função de produção de óvulos e hormônios (estrógeno e progesterona). 

Outro órgão de suma importância é o útero. Dividido em três partes, corpo, cornos e colo, tendo um septo que separa os dois cornos (septo intercornual), a principal função uterina é de abrigar o embrião e posteriormente o feto. Já, o cérvix ou colo, é a base de todos os trabalhos de Inseminação Artificial.

Formado por anéis cartilaginosos com função específica de fechamento do canal, de consistência mais dura, onde sua cavidade reduzida longitudinalmente liga a vagina ao corpo do útero. O colo pode, depedendo da raça do animal, ser menor ou maior. Nas novilhas, ainda, o colo é sempre menor e mais fino, aumentando de tamanho à medida que o animal tem partos sucessivos, por exemplo. 

Por fim, a vagina é um órgão copulatório, onde o sêmen é depositado na sua porção final durante a inseminação. Está localizada entre o colo do útero e os lábios vulvares, com forma tubular e diferentes diâmetros internos em consequência do grande número de pregas, apresenta um comprimento aproximado de 30 cm. A genitália externa é composta, ainda, pela vulva, que constitui o fechamento externo do trato genital feminino.

Vale ressaltar que, em termos fisiológicos, as fêmeas bovinas se apresentam como poliéstricas não sazonais, com ciclos estrais regulares intervalados em 21 dias. Em condições fisiológicas normais o ciclo possui quatro fases: proestro, estro, metaestro e diestro. 

Importância de conhecer as estruturas do sistema reprodutor

Conhecer a anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor de fêmeas bovinas, facilita diagnósticos, permitindo a utilização de ferramentas e técnicas corretas, manipulando o ciclo estral e aumentando a eficiência reprodutiva. 

Além disso, um bom inseminadior conhece todos os fatores que podem interferir no procedimento, mantendo os cuidados que podem afetar o resultado genético, como manejo nutricional e sanitário adequados. 

Trabalhar com bovinos está em alta. O investimento na biotecnologia em reprodução animal no Brasil é crescente já que o Brasil é o terceiro maior mercado de carne e leite do mundo e lidera a lista dos países com maior biodiversidade.

 

Fonte: Revista Agropecuária

 

  • Vierra Dairy Farm: um meteoro que caiu na raça Jersey

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Vierra Dairy Farm: um meteoro que caiu na raça Jersey

  • BERRETTA: Um touro que mudou a raça Jersey

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    BERRETTA: Um touro que mudou a raça Jersey

  • O incrível rebanho dos recordes que revolucionou a produção leiteira da raça Jersey no mundo

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    O incrível rebanho dos recordes que revolucionou a produção leiteira da raça Jersey no mundo

COMPARTILHAR

CONTEÚDOS ESPECIAIS

Proluv
Top