Os preços dos derivados lácteos tiveram pequena desvalorização em julho, mas o período de entressafra especialmente no Sudeste e Centro-Oeste segue limitando a oferta. As cotações do leite UHT registraram maior queda, enquanto leite em pó fracionado e queijo muçarela ficaram relativamente estáveis.

No mercado Spot, os preços na segunda quinzena registraram queda. As importações continuam elevadas e as compras pelos varejistas estão ocorrendo de forma bem cadenciada, exercendo pressão baixista nos preços na indústria e, consequentemente, no produtor de leite.

Conseleites sinalizam queda forte nos preços

As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em julho apontaram quedas acentuadas de preços em todos os estados, mostrando o enfraquecimento das cotações no setor industrial e o preço no mercado Spot. No Paraná houve o maior recuo no indicador. Portanto, as referências médias sinalizaram queda de preços do leite.

Real segue com desvalorização. Milho e soja relativamente estáveis

Os preços do milho tiveram pequeno recuo no final de julho, com maior disponibilidade do cereal. Na soja, as cotações ficaram firmes, no patamar de R$2.300/tonelada. A desvalorização do real frente ao dólar ajudou a segurar os preços, mesmo com boa oferta da oleaginosa.

No mercado internacional houve maior desvalorização, tanto do milho quanto da soja. No mercado de carnes, a arroba do boi registrou pequena alta, com menor oferta de animais para abate. Mas no mercado de reposição, o bezerro seguiu com preços em queda. Enquanto isso, as projeções de crescimento do PIB seguem melhorando, apesar das incertezas em relação ao equilíbrio fiscal, que vem afetando a taxa de câmbio.

Fonte: Centro de Inteligência do Leite (CILeite/Embrapa)