Governo de MG reconhece mais uma região como produtora de Queijo Minas Artesanal

Governo de MG reconhece mais uma região como produtora de Queijo Minas Artesanal

21 de abril, 2022

O governador Romeu Zema (MG) anunciou, nesta terça-feira (19/4), o reconhecimento de mais uma região produtora de Queijo Minas Artesanal, conforme portaria publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” - que contempla os municípios de Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Bom Jesus do Amparo e Caeté - passa a ser a 10ª região de Minas Gerais reconhecida oficialmente como produtora de Queijo Minas Artesanal. Mais nove regiões já são reconhecidas como produtoras do tradicional queijo mineiro: Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.

Zema destacou que o reconhecimento é extremamente importante para Minas, uma vez que assegura que o produto é de qualidade, além de possibilitar uma melhor remuneração para quem o produz. De acordo com o governador, os queijos mineiros estão entre os melhores do mundo. “Já tivemos produtores que foram à França e voltaram com medalha de ouro, prata e bronze”, lembrou.

A caracterização da região como produtora de Queijo Minas Artesanal foi concedida pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio de portaria do IMA, entidade vinculada ao órgão, e teve como base um estudo técnico produzido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), também vinculada à Seapa.

Segundo Thales Almeida Fernandes - secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - o reconhecimento da região como produtora de Queijo Minas Artesanal é muito importante para que os produtores possam sair da informalidade e tenham acesso a novos mercados.

“Com a caracterização e conseguindo a habilitação sanitária, o produtor poderá comercializar seu queijo em todo o território nacional com o Selo Arte. Minas Gerais é o estado que possui o maior número de queijarias com este selo, que habilita a comercialização em todo o país”, ressaltou ele.

Mudança de rota

O reconhecimento da região era o que o produtor Delmar Nunes de Macedo mais esperava. A iniciativa fez com que ele iniciasse o processo de legalização da sua queijaria junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária. 

Natural de Lassance, no Norte de Minas, há três anos a vida do produtor deu uma reviravolta. Trocou Lassance por Caeté e o gado de corte deu lugar ao leiteiro, voltado para a produção de queijo. Após tomar a decisão de produzir a iguaria, Delmar, juntamente com o seu pai -Francisco Soares de Macedo - realizou inúmeras pesquisas para definir qual o melhor lugar para adquirir uma propriedade rural. 

Caeté foi a cidade de escolhida por características como altitude, umidade e o clima. Durante o processo de maturação, o queijo é submetido a inúmeras reações bioquímicas, causadas pela presença de enzimas naturais do leite ou produzidas por micro-organismos, sendo ideal que estes sejam originados de “pingo” de boa qualidade, para o desenvolvimento de sabores e texturas agradáveis. Essas reações ocorrem em velocidades diferentes, sendo influenciadas por temperatura e umidade.

A propriedade de 45 hectares conta com 15 vacas em lactação, que rendem uma produção diária de 15 queijos. Com apenas três anos de produção, a Queijaria Emboabas já foi premiada duas vezes na região, com primeiro e segundo lugar. Os queijos são vendidos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e já chegaram no Canadá, Estados Unidos e Chile.

Com a caracterização da região, Delmar tem planos de aumentar a produção. O produtor já expandiu a área de pasto e colocará em prática o sistema de pastejo rotacionado, com a plantação de milho e o capim BRS Kurumi. Esse capim possui alto teor nutritivo e elevada produção de forragem, o que permite ao produtor intensificar a produção de leite.

 

Fonte: SEAPA - Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

  • Como a vaca Jersey evoluiu para se tornar um fenômeno global

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Como a vaca Jersey evoluiu para se tornar um fenômeno global

  • Últimas vacas Jersey classificadas EX-96 e EX-97 nos Estados Unidos

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Últimas vacas Jersey classificadas EX-96 e EX-97 nos Estados Unidos

  • Raça Jersey quebra a barreira das 1.000 libras de gordura nos EUA

    Marcelo de Paula Xavier

    Editor do Canal do Leite, Administrador de Empresas e Mestre em Agronegócios

    Raça Jersey quebra a barreira das 1.000 libras de gordura nos EUA

COMPARTILHAR

CONTEÚDOS ESPECIAIS

Proluv
Top