Pesquisa aponta que 67% dos brasileiros consideram lácteos saudáveis

Pesquisa aponta que 67% dos brasileiros consideram lácteos saudáveis

13 de novembro, 2020

Quando a pandemia chegou no Brasil (em março), uma nuvem negra pairou sobre o mercado do leite brasileiro. O setor lácteo de outros países produtores vinha sofrendo dificuldades, principalmente com as restrições de circulação, que extinguiram – repentinamente – a demanda dos serviços de alimentação. A grande dúvida era se a demanda no varejo seria suficiente para compensar essa queda – e a resposta provavelmente era que não.

Não obstante, com as pessoas em todo o mundo ficando em casa, houve mais tempo para cozinhar os próprios alimentos e pensar em saudabilidade, já que uma pandemia é um ótimo momento para se pensar em saúde! A busca por produtos que atendessem estas características (ingredientes para preparos caseiros e saudáveis) voltou os olhares dos consumidores para os lácteos, que sempre foram sinônimo de bem-estar.

De fato segundo Felipe Sheppers da empresa de pesquisa de mercado Opinion Box 67% dos brasileiros consideram que os laticínios importantes para uma alimentação saudável. A mesma pesquisa demonstrou também que, entre os brasileiros que aumentaram o consumo de lácteos durante a pandemia, 62% apontaram como motivo comer mais em casa (62%) e 41% estar gastando mais com alimentos em casa (41%).

 

A associação do leite e dos derivados como fortalecedores do sistema imune também foi um motivador para a diferente percepção das pessoas sobre essa categoria de alimentos. Na China, onde começou a história do coronavírus, a projeção é de alta de U$ 1,6 bilhão nas vendas de leite e o governo tem realizado um trabalho ativo de conscientização dos benefícios do consumo de laticínios. Na verdade, 40% dos chineses já relataram ter aumentando o consumo destes produtos depois da pandemia e um dos principais motivadores foi o fortalecimento do sistema imune.

Nos EUA foi observado um movimento semelhante: os consumidores literalmente “correram para os lácteos” – sobretudo em categorias associadas a saudabilidade e preparos em casa, como leite fluido, queijos, produtos fermentados e manteiga. Na Espanha, mesmo com o chamado auge das alternativas aos lácteos nos países europeus, o leite continua sendo consumido por mais de 98% das pessoas.

Diante de tudo isso, podemos nos questionar se os lácteos – que são ameaçados pela emergência dos produtos plant based e errôneas associações com malefícios à saúde – estão sendo vistos agora com outros olhos pelos consumidores e como isto influenciará no mercado pós-pandemia.

Independentemente disto, sabemos que algumas das transformações trazidas pela pandemia para o setor alimentício, inclusive para os laticínios, vieram para ficar. Entre elas podemos destacar a forma como a indústria e as marcas se comunicarão com o consumidor, o boom do comércio eletrônico para alimentos e um food service totalmente diferente. 

 

Fonte: Milk Point

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