Projeções mais positivas para o produtor de leite americano em 2019
24 de março, 2019
A divulgação pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) do relatório de Previsões Mundiais de Oferta e Demanda Agrícola (WASDE) - em fevereiro - trouxe boas notícias para os produtores de leite americanos.
Os custos com a alimentação das vacas devem subir um pouco em 2019, quando comparados ao ano anterior. Mas, as previsões apontam que a alta nos preços do milho deve ser equilibrada por um preço menor da soja.
Por outro lado, a média de preço do leite nos EUA* está sendo projetada para US$ 17,25 por cwt. (em torno de 38 centavos de dólar por litro), um aumento de US$ 1,05 em relação ao nível de preços de 2018. Se isto acontecer em 2019, será o oitavo preço mais alto da história.
De acordo com a prestigiosa revista Hoard’s Daiyman, a melhora nos preços do leite vai compensar o ligeiro aumento nos custos de alimentação, elevando a renda dos produtores de leite americanos para o nível mais alto desde 2017, quando a Receita Menos o Custo de Alimentação (RMCA) teve uma média de US$ 10,35 por cwt. (em torno de 23 centavos de dólar por litro).
Com a RMCA estimada abaixo da média nos Estados Unidos, mas acima do nível necessário para manter a produção em crescimento, pode-se esperar que o aumento na produção de leite americana fique próximo da média de longo prazo.
Isso é exatamente o que o USDA está prevendo com sua estimativa de produção de leite em 220,1 bilhões de libras (99,8 bilhões de litros) para 2019, que representa um aumento de 1,2% sobre o nível estimado de produção de 2018. O aumento médio dos últimos cinco anos na produção americana foi de 1,5%.
A revista afirma que à medida que a lucratividade da atividade melhora, o abate das vacas leiteiras diminui, resultando em mais crescimento na produtividade por vaca ou, possivelmente, em uma expansão dos rebanhos leiteiros.
Em geral, as perspectivas de 2019 para os produtores de leite americanos estão caminhando na direção certa, mas os ganhos econômicos serão desiguais em todo o país, com a rentabilidade dos produtores em áreas de maior produção de queijos ficando um pouco atrás do resto país.
Não se espera que a rentabilidade em geral fique drasticamente acima ou abaixo do nível para manter ou aumentar a produção de leite no país, mas parece que esse ano pode ajudar os produtores a equilibrarem seus orçamentos.
Fonte: Hoard's Dairyman
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*Nos Estados Unidos, existe um sistema de preço para o leite denominado “Federal Milk Order System”, onde o leite é divido em 4 classes:
Classe I - Leite utilizado para bebidas, incluindo eggnog e UHT.
Classe II - Leite utilizado para produtos “soft”, como: queijo cottage, ricota, milk shake, sobremesas congeladas, creme aerado, iogurtes, pudins, misturas de panqueca, misturas de biscoito amanteigado, doces, leite condensado e creme fluido ou qualquer produto que contenha substitutos artificiais de gordura.
Classe III - Leite utilizado na fabricação de queijos cremosos e queijo duros do tipo que podem ser triturados, ralados ou esfarelados. Também inclui creme de leite, gordura de leite anidro e óleo de manteiga.
Classe IV - Leite usado para produzir manteiga, produtos lácteos em forma seca e leite condensado ou evaporado já embalados para o consumidor.
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