Quem tem criticado os queijos brasileiros?

Quem tem criticado os queijos brasileiros?

26 de fevereiro, 2023

Em momento em que as críticas ao consumo de leite e derivados têm aparecido muito na mídia, o Observatório do Consumidor (OC) decidiu analisar o conteúdo negativo postado no Twitter sobre os queijos do Brasil. 

Críticas aos queijos

Nos últimos tempos, têm aumentado as críticas ao consumo de leite e derivados no mundo todo. Em janeiro de 2023, viralizou nas rede vizinha a foto de um queijo mofado mais parecido com um animal de pelúcia.

A polêmica alertou o OC sobre a necessidade de acompanhar o conteúdo negativo postado pelos usuários do Twitter sobre leite e derivados.

Os dados mostram que menos de 10% dos tweets sobre queijos no Brasil apresentam conteúdo negativo, o que é uma informação favorável para o setor. Isso mostra que existem mais consumidores satisfeitos com os queijos do que insatisfeitos.

No período analisado, observa-se que houve maior proporção de tweets negativos sobre queijos nos primeiro oito meses de 2022, o que coincide com o período de alta de preços de lácteos no País. No entanto, é interessante notar um significativo aumento neste percentual de postagens com críticas aos queijos na segunda quinzena de janeiro de 2023, o que pode estar relacionado com a referida postagem na rede vizinha.

Quem tem criticado os queijos?

Durante todo o período analisado, os homens foram os maiores críticos dos queijos, respondendo por 68% das postagens negativas registradas. Vale observar que os homens também são maioria no consumo desse derivado lácteo.

Quando se analisa a geração que mais critica os lácteos, destaca-se a geração Y, que é a que mais faz postagens sobre o produto no Twitter, mas não é a que mais consome este tipo de alimento.

Em suma, os homens da geração do Milênio têm sido os maiores críticos dos queijos no Twitter.

Figura 3. Localização dos tweets com conteúdo negativo sobre queijos no Brasil

O estado de São Paulo, o mais populoso do País, é também o que mais tem criticado os queijos no Twitter. Do total de postagens negativas sobre os queijos entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023, 22% são originárias do estado de São Paulo.

Na sequência tem-se o Rio de Janeiro (19%) e Minas Gerais (11%). Assim, a região Sudeste sozinha, responde por mais de 50% dos tweets com conteúdo negativo sobre os queijos.

Figura 4. Características dos queijos que foram mencionadas em tweets com conteúdo negativo

O preço é a característica mais criticada pelos usuários do Twitter. No ano em que a inflação dos lácteos foi notícia nacional, o preço dos queijos foi mencionado em 35% das publicações. Como quem reclama de preço é geralmente quem consome, essa informação sugere que a maior parte do conteúdo negativo sobre queijos no Twitter vem de consumidores e não de antagonistas aos lácteos, ou grupos antidairy.

Essa conclusão é reforçada pela nuvem de palavras, em que se observa muitas palavras relacionadas a preços: caro, reais, preço, pagou, etc. Além disso, existem também muitas palavras que remetem a produtos estragados: vencido, estragado, estragar, podre, mofado. Por fim, o setor também deve se atentar para as palavras intolerante, intolerância e lactose.

 

Fonte: Observatório do Consumidor / Centro de Inteligência do Leite

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