Segundo Comissão Europeia, a produção de laticínios e carne deve diminuir na União Europeia (UE), à medida que as fazendas de gado sentem efeitos da seca, surtos de doenças e aumento dos custos.

Uma seca histórica na Europa, neste verão, reduziu a disponibilidade de grama e milho para alimentar os rebanhos, aumentando os custos para as fazendas que também enfrentam altos preços de energia e fertilizantes.

Sinais de diminuição da produção de gado levaram grupos agropecuários a alertar para a escassez de insumos, o que pode exacerbar a alta inflação de alimentos.

A produção de leite da UE deve cair 0,5% este ano, com a redução da oferta de forragem, incentivando alguns produtores a reduzir o tamanho dos seus rebanhos. Além do clima quente e seco que vem reduzindo a produtividade de leite das vacas, afirmou a Comissão Europeia em uma perspectiva de curto prazo.

O verão rigoroso reduziu, também,  o teor de gordura e proteína no leite para produtos lácteos processados.

Como outros observadores, a Comissão disse que o início de 2023 pode ser difícil, já que os produtores de leite enfrentam altos custos de alimentação, enquanto a inflação pode enfraquecer a demanda dos consumidores.

No geral, para o próximo ano, há uma previsão de queda de 0,2% na produção de leite da UE. Produtividades mais altas, assumidas em uma normalidade climática, compensaram principalmente um declínio no número de vacas, que caiu 0,8% em 2022.

Para a carne bovina, espera-se que os custos de alimentação reforcem um declínio de longo prazo no número de rebanhos e contribuam para uma queda de 0,6% na produção, este ano, e de 0,2% em 2023.

Fonte: Reuters