A Revista Globo Rural informa que a vaca Elegância - do interior de Minas Gerais - atingiu a marca de 100 mil litros de leite produzidos. Esta quantidade está bem acima da média nacional para animais meio sangue de até 15 anos da raça girolando. Aos 12 anos, ela já acumula oito partos, número também superior ao verificado em vacas do tipo, que é em média de cinco a seis.

Com o diferencial da longevidade, ela agora passa pela nona gestação e integra a lista de vacas com maior produção de leite da raça no país!

Elegância é fruto de embriões de origem húngara da raça holandesa e pertence à ABS, empresa de inseminação artificial. Ela vive na Fazenda NF Irmãos, no município de Delta (495 km de Belo Horizonte), e entrou para um seleto grupo de vacas que atingiram 100 mil litros em sua vida produtiva.

Segundo a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a produção média de leite de vacas girolando meio sangue (fruto do cruzamento das raças de Holandesa e Gir leiteiro) - em uma lactação normal de 305 dias - é de 5.041 litros. Elegância, já no seu terceiro parto em 2011, teve uma lactação que durou 501 dias e atingiu produção de mais de 8.280 litros no período. Até o momento, ela tem uma produção vitalícia de 100.593,85 kg leite em 3.144 dias.

Em razão dos altos números, Elegância aparece no ranking da Associação Brasileira de Criadores de Girolando como a terceira vaca de maior produção vitalícia na história da raça no mundo. E, como está prestes a ter seu nono parto, ela deve subir ainda mais posições nesta lista.

Na Avaliação Genética de Vacas da EMBRAPA, onde são identificados indivíduos geneticamente superiores, Elegância possui valor genético acima de 1000 kg/leite, motivo pelo qual foi escolhida para ser mãe de touros na central de inseminação da ABS. Ela já gerou o touro Galactico, um girolando ¾, que faz parte da bateria de sêmen da empresa.

O gerente da ABS, Fernando Rosa, explica que a produção vitalícia de Elegância está relacionada à sua grande longevidade. Vacas com essa característica são mais lucrativas, levando-se em consideração os investimentos na criação, pois permanecerem produtivas mais tempo no rebanho retardando seu descarte involuntário.

Fonte: Revista Globo Rural