Ministra Tereza Cristina quer mais leite na alimentação escolar
Se dependesse só da ministra Tereza Cristina (Agricultura), o leite teria maior participação na alimentação dos alunos da rede pública de ensino no Brasil, o que contribuiria ainda mais para a valorização da cadeia láctea.
Foi exatamente isto que ela defendeu nesta segunda-feira (10/08), durante a live do Fórum de Incentivo à Cadeia Leiteira, promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e que teve a participação do ministro Paulo Guedes (Economia).
“Temos que colocar mais leite na merenda escolar. Isso pode ajudar muito [o setor leiteiro], além de ser um produto saudável para as crianças”, disse a ministra durante a live, mediada pela deputada federal Aline Sleutjes (PSL/PR). “Precisamos verificar alguns programas, como Pnae [Programa Nacional de Alimentação Escolar] e PAA [Programa de Aquisição de Alimentos], para pôr mais leite nas escolas.”
Tereza Cristina apontou o cooperativismo como o sistema indicado para o desenvolvimento da cadeia brasileira do leite e enfatizou a necessidade de se eliminar gargalos de infraestrutura que prejudicam os produtores, como – por exemplo – a carência de eletrificação rural e as péssimas condições das estradas. Para ela, a solução destes problemas ajudaria a reduzir o custo de produção do leite.
A ministra também enfatizou a importância da organização dos produtores para ter previsibilidade e poder de negociação com os laticínios. “Preço justo é o produtor conhecer o seu custo de produção – saber quanto gasta e quanto custa o litro de leite.”
Já, Paulo Guedes afirmou que o Ministério da Economia está desenvolvendo uma ferramenta para permitir que os produtores possam conhecer os custos de produção regionalizados. A metodologia do cálculo está sendo elaborada pelo Ministério da Agricultura e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Rogério Boueri, subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, que participou da live junto com outros membros da equipe econômica, antecipou que o governo trabalha para fortalecer o seguro agrícola e outros instrumentos de mercado, a fim de que os produtores possam ter mais previsibilidade em suas atividades.
Ao pedir apoio aos produtores, a deputa Aline Sleutjes destacou a relevância socioeconômica da cadeia leiteira. Segundo ela, o Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com o alimento sendo o sexto em importância no agronegócio do país. O setor tem mais de um milhão de propriedades leiteiras e cerca de 20 milhões de pessoas envolvidas na atividade.
De acordo com a deputada, a pecuária de leite enfrenta dificuldades devido aos altos custos de produção e à falta de políticas públicas. Isso, alertou Aline, tem inviabilizado a atividade leiteira, “colocando em risco, além do sustento de milhares de produtores, o fornecimento de um produto de tamanha importância na alimentação dos brasileiros.”
Fonte: Agro em Dia