DERAL: Brasil importou menos lácteos em 2018

DERAL: Brasil importou menos lácteos em 2018

23 de fevereiro, 2019

O Departamento de Economia Rural (DERAL) – da Secretaria de Agricultura do Paraná – informa que o Brasil importou um total de 152,59 mil toneladas de produtos lácteos em 2018, totalizando US$ 485,63 milhões, principalmente dos países do Mercosul. Este volume representa uma diminuição de 9,8% em volume e 14% em receita nas importações do ano passado, em comparação com 2017.

Aliás, nossas importações de lácteos vêm caindo desde 2016, quando importamos 245,28 mil toneladas de lácteos (um volume 60% maior do que 2018), a um valor de US$ 658,37 milhões.

Por outro lado, nossas exportações em 2018 chegaram a 23,1 mil toneladas, totalizando US$ 58,24 milhões. Isto representa uma diminução tanto em volume (-40%) como em faturamento (-48%), na comparação com o ano anterior.

No setor, o principal produto brasileiro exportado foi o leite em pó, representando 45,4% do total de lácteos embarcado. Em 2018, o Chile foi o principal comprador do produto brasileiro, seguido de Trindade e Tobago e Rússia.

Para o DERAL, a redução nas importações se deu “por conta de um primeiro semestre fraco em termos de volume importado, considerando que na segunda metade do ano o país importou 27,8% mais em volume que igual período de 2017 e aumentou em 21,7% as despesas”.

Nossos maiores fornecedores - em volume - foram a Argentina (59%) e o Uruguai (29%). Ou seja, 88% do total adquirido veio dos nossos vizinhos. O principal produto importado também foi o leite em pó, do qual o Brasil adquiriu um volume de 96,7 mil toneladas, a um total de US$ 271,47 milhões. "Considerando o leite em pó, o preço médio do produto importado em 2018 foi de US$ 2.808,00 por tonelada, 12,6% menor na comparação com a média de 2017, cuja cotação fora de US$ 3.212,00/tonelada", informa o DERAL.

Em 2018, a União Europeia - pivô das discussões recentes por causa do fim da tarifa antidumping no leite em pó - nos vendeu pouco mais de 7 mil toneladas de lácteos. A Nova Zelândia - que também foi alvo da tarifa antidumping - nos exportou ainda menos produtos lácteos: 2,81 mil toneladas. "Segundo dados do Agrostat (MAPA), a participação da Nova Zelândia e União Europeia nas importações brasileiras tem sido pouca em relação aos países do Mercosul (Uruguai e Argentina)".

O DERAL ressalta, no entanto, que a retirada das tarifas de importação destes países poderia representar um enorme acréscimo nessas importações, afetando significativamente o mercado interno e prejudicando os produtores locais.

Confira o Boletim do DERAL no link abaixo:

 

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