Embrapa: Custo de produção cai 0,9% em setembro

Embrapa: Custo de produção cai 0,9% em setembro

09 de outubro, 2022

O custo de produção de leite teve forte queda em setembro. A variação do ICPLeite/Embrapa no mês foi de -0,9%. No terceiro trimestre (julho a setembro), que correspondeu ao pico da entressafra no Brasil Central, os custos subiram 1,3%. Ao longo de 2022, os custos cresceram 3,4% e – ao longo de doze meses – ficou 8,0% mais caro produzir leite.

Maiores impactos na queda do custo de produção

O grupo “Volumosos” apresentou a maior variação negativa, carreada pela queda de preços dos adubos e do óleo diesel. Este grupo caiu 5,4%, registrando uma queda significativa em termos quantitativos. Ademais, também foi importante em termos relativos, já a produção de alimentação verde tem peso importante para o cálculo do indicador de custos. O grupo “Energia e combustível” apresentou a segunda maior queda, motivada pelo reajuste na no óleo diesel, principalmente, com queda de 1,9%. Já, o grupo “Sanidade e reprodução” teve queda de 0,1%.

Se o grupo “Volumosos” contribuiu para a queda do custo de produção, o grupo “Concentrado” onerou o custo, mas em proporção menor (elevação de 1,0%). Os custos do grupo “Minerais” cresceram 0,5% e o grupo de maior elevação de custos de produção em setembro foi “Qualidade do leite”, que cresceu em 2,1%. Não houve variação no custo da "Mão de obra" em setembro.

Neste ano de 2022, a inflação mensal do leite tem apresentado volatilidade incomum, alternando quedas e elevações súbitas. O ICPLeite/Embrapa registrou inflação em cinco meses e deflação em quatro, entre janeiro e setembro.

Nos nove primeiros meses do ano, o ICPLeite/Embrapa acumulou uma inflação de custos de 3,4%. O grupo “Mão de obra” atingiu variação de 17,6%, seguido pelos grupos “Minerais”, que apresentou uma inflação acumulada de 13,1% no período. O grupo “Sanidade e reprodução” registrou o acumulado de 7,7%, seguido do grupo “Qualidade do leite”, que foi de 4,0%. O grupo “Concentrado”, foi o quinto com registro de variação positiva, 2,5%, entre os sete grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa. As deflações ocorreram nos grupos “Energia e combustível” e “Volumosos”. Respectivamente, foram -13,9% e -6,1%.

O custo de produção teve um crescimento elevado em 2021. Mas, o acumulado em 12 meses vem caindo ao longo de 2022, atingindo 8,0% em setembro.

Em doze meses, o grupo “Minerais” apresentou 33,3% de acréscimo de preços, a maior inflação dentre todos os grupos. Os custos com “Mão de Obra” cresceram 18,4%, seguido do grupo “Volumosos”, com inflação anual de 14,0%. O grupo “Sanidade e reprodução” registrou inflação de 8,3%.

Dos sete grupos considerados no cálculo do ICPLeite/Embrapa, três registraram deflação anual e com menor impacto que o registrado pelos grupos com inflação. “Energia e combustível” teve variação anual de -7,0%, “Quailidade do leite” acumulou -2,2% e o grupo “Concentrado” variou os preços em -0,2%.

 

Fonte: Centro de Inteligência do Leite (CILeite/Embrapa)

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