Controle biológico de carrapato ganha espaço

Controle biológico de carrapato ganha espaço

17 de agosto, 2020

Os carrapatos trazem grandes prejuízos para a pecuária de leite e de corte. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as perdas anuais podem chegar a 10 bilhões de reais aos criadores. O parasita suga sangue, debilitando o gado e causando lesões na pele, bem como proporcionando o surgimento de outras doenças. A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é a mais comum delas e, em casos mais graves, é fatal.

Nos últimos anos, com o grande uso de medicamentos - algumas vezes inclusive de forma errada - o carrapato criou resistência, o que dificultou muito o seu combate. Neste cenário, empresas e instituições investem em soluções alternativas. A Embrapa Sudeste, por exemplo, vem trabalhando com homeopatia. Por outro lado, a empresa Decoy, startup brasileira de biotecnologia animal, está usando inimigos naturais para tentar acabar com a infestação.

Foram desenvolvidos dois produtos de base natural, um para o rebanho e outro para a pastagem, onde se escondem cerca 95% dos carrapatos de uma propriedade. As soluções baseadas em esporos de fungos, inimigos naturais dos carrapatos, entram em contato com o parasita, germinam e se desenvolvem, levando-o à morte em poucos dias.

Cada frasco da solução tem mais de 6 bilhões de esporos e cada esporo mata um carrapato. “Acompanhando uma tendência mundial, percebemos que o alimento do futuro terá de ser mais limpo, saudável e causar menos impacto ambiental”, ressalta Lucas von Zuben, CEO da empresa. Os produtos naturais não deixam resíduos no leite e na carne e podem ser usados inclusive em vacas prenhes e bezerros. O custo médio do tratamento vai girar entre R$ 4,50 por animal e R$ 25,00 por hectare, por mês.

Enquanto aguarda a aprovação de documentos junto ao MAPA, para iniciar a comercialização, a startup resolveu atuar diretamente no setor e estabeleceu um programa de parcerias com pecuaristas. “Disponibilizamos as soluções aos produtores por 12 meses e eles fornecem informações sobre o tratamento, além de uma ajuda de custo para o desenvolvimento das pesquisas. Até agora, temos histórico de parceria com 400 produtores, e pretendemos chegar a mil associações até o fim de 2020”, conta von Zuben. 

 

Fonte: Agrolink

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