Projeto Campo Futuro avalia custos de produção de leite

Projeto Campo Futuro avalia custos de produção de leite

10 de agosto, 2020

O Projeto Campo Futuro se baseia no levantamento do custo de produção de diferentes atividades agropecuárias. O seu propósito é aliar a capacitação do produtor à geração de informações estratégicas do setor rural, contribuindo para as tomadas de decisão na propriedade. Além do acompanhamento sistemático da evolução dos custos de produção regionais e de análises sobre a rentabilidade das atividades agropecuárias, o projeto possibilita o gerenciamento de preços e do comportamento da produção.

O Campo Futuro compreende principalmente o desenvolvimento de cinco ações, como apresentado na Figura 1.

Na última quinta-feira (06/08), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizaram um painel online do projeto para levantar os custos de produção da leite na região de Itapetininga (SP).

O intuito do painel era definir um exemplo de propriedade que melhor representasse a produção de leite na região, chamada de propriedade modal. No caso de Itapetininga, este modal retratou uma realidade produtiva de 450 litros/dia, com uma média de 30 vacas em lactação ao longo do ano.

Segundo Gabriel Oliveira, assessor técnico da CNA, os dados levantados apontaram que o custo que mais onera o produtor é o gasto com alimentação do rebanho, comprometendo 48% da receita da atividade. Ao todo, o Custo Operacional Efetivo (COE) da propriedade, que engloba os desembolsos que o produtor tem mensalmente, comprometeu 78% da receita total.

“Quando se adiciona os gastos com depreciação e remuneração da mão de obra familiar, notamos que a receita não é suficiente para cobrir os custos; ou seja, quando se faz necessário realizar alguma troca de máquina, equipamento ou substituir o reprodutor, por exemplo, o produtor é muitas vezes obrigado a vender alguma vaca ou novilha, comprometendo assim seu crescimento na atividade”, afirmou ele.

O diretor-tesoureiro do Sindicato Rural de Itapetininga, Décio Albino de Oliveira Júnior, aprovou o formato online do painel e destacou a importância do apoio técnico da CNA para os produtores visualizarem os custos e fazerem ajustes para aumentar a rentabilidade.

“O painel vem para ajudar o produtor a colocar na ponta do lápis todos os seus custos e enxergar onde pode ajustar mais. A partir do momento que ele começar a fazer, vai enxergar os erros e vai começar a acertar para ganhar mais. É o que a gente quer. Que o produtor ganhe mais e não saia do campo”, disse.

 

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

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